Beijos
se perdem beijos
se agarram palavras
que fogem silabas
que engolimos formas de imagens faladas,
em quentes madrugadas,
ou em noites frias duas almas loucas
em paredes congeladas,
abaixo há um queixo, amigo da intimidade,
em folga permanente mal usado.
Lábios que agarram docemente
com furia ou chupam gelados quentes frios
em doces momentos em ermos sitios.
Lábios nossos lábios nossos, falai por nós,
somos univamente, apenas, apenas e não mais,
humanos
CARLOS SEMEDO (14/02/2015-lISBOA)
·
BEIJOS
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