quinta-feira, 5 de março de 2015

folhas soltas


















6 comentários:

  1. Lindo e triste! Em contrate ao belo sorriso da musa.

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  2. #‎lucindanelremar‬

    DOCE FRÊMITO

    eu
    deitada
    na relva
    de um jardim
    me encontro
    sentindo
    de repente
    o meu corpo
    dividido em
    pedaços,
    e em cada
    parte
    totalmente
    infinitamente
    deslizando
    pacificamente
    sem alarde
    umas gotas
    que eu,
    concentrada
    em meu corpo,
    sinto que algo
    vai e
    vem
    e eu começo
    malemolente,
    sacolejando,
    meu corpo,
    querendo
    acompanhar
    o vento que
    mansamente
    sinto passar
    por mim,
    em cada
    pedaço
    em cada
    parte
    um sopro
    que me arrepia
    que me faz
    pensar
    em nada
    e eu continuo
    ao sabor do
    vento
    que corre
    em mim
    deslizando
    e eu
    tremendo
    me dou
    conta
    de um prazer
    infinito
    vindo
    de onde
    não sei
    estou em
    transe
    como se
    o som
    entrasse em
    mim
    e o vento
    sopro
    brisa
    me faz estremecer
    mais e mais
    e u mexo meu
    corpo
    pedaço
    por
    pedaço
    e então
    compreendo
    que chego
    ao fim
    suavemente
    repouso
    e abro os
    olhos
    voltei
    a mim...
    (08/03/2015)
    Raimunda Lucinda Martins
    Foto de Palavras e pensamentos de uma peregrina.

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    1. AMEI ESTE POEMA CAIDO DO PEITO DE UMA PEREGRINA , PELO SEU CONTEUDO, RECHEADO DE HUMANISMO SENSIBILIDADE E DESEJO

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  3. ‪#‎lucindanelremar‬

    Vergo-me
    debruço-me
    sobre mim mesma
    procuro
    revolvo
    lá dentro
    atiço-me
    provo-me
    provoco-me
    aqueço-me
    derrubo
    meus muros
    minhas amarras
    quebro os grilhões
    as algemas que ficam
    prendendo minhas
    pobres mãos
    decido
    desenterrar
    meus pés fincados
    no chão
    chão de mim mesma
    incrustado na minha
    alma
    como se fosse
    uma tatuagem feita
    desde quando nasci
    eu sei que posso
    levantar
    mas o temor me provoca
    e me dá uma dimensão
    pequena de mim mesma
    quero desafogar-me
    correr
    sair a procura do horizonte
    que pressinto haver
    meus olhos só veem o
    chão
    chão que não é ladrilho
    é plenamente feito
    dos meus sonhos
    quebrados
    estou vergada
    dobrada sobre mim
    e meu sol
    é escuro
    não há também nem lua
    nem estrelas
    só vejo uma pequena
    luz que vem de algo
    que está em mim
    em minha alma
    é o mundo que vejo
    como reflexo de mim
    que quer sair
    que quer correr
    correr para o inevitável
    a morte do meu ser
    vergado sobre mim
    tenho que sair dessa posição
    minha alma tem que ser como
    uma planta
    fazer do chão de mim mesma
    e sair...
    tenho que renascer
    o renascer da minha alma
    e agora tenho que levantar
    o corpo
    para que dentro de instantes
    eu possa dizer que sobrevivi
    saí do estado de introspecção
    e entrei no estado de total
    extrospecção
    não estou vergada sobre mim
    estou quase em pé,
    estou a me levantar
    e vejo a plena luz
    que vem do mundo
    fora de mim...
    Minha alma se engrandece
    e se deixa ir para o alto
    em direção ao ceu azul
    Saí de mim
    sou livre para ir
    correr
    e partir
    para novos horizontes
    que avisto daqui...
    Passei por um novo
    parto...renasci...
    (07/03/2015)
    Raimunda Lucinda Martins

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    1. Reservo aquilo uma nota de 20 valores, mas as muitas palavras baralham quem lê, e como Hermingway dizia" escrever é como um telegramas" muita mensagem em poucas palavras

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  4. hERMIMGWAY FOI OPAI DO JORNALISMO DE GUERRA E CRIOU UMA GRAMÁTICA DE REDACÇÃO ONDE AS IMAGEMNS ERAM MAISIMPORTANTES QUE A QUANTIDADE DE PALAVRAS. ERAM TELRGRAFAS AS REPORTAGENS, POR ISSO A DIFICULDADE...O QUE NÃO O INIBIU DE SER UM DOS MAIORES ESCRITORES DA LITERATURA NORTE AMERICANA

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