eu deitada na relva de um jardim me encontro sentindo de repente o meu corpo dividido em pedaços, e em cada parte totalmente infinitamente deslizando pacificamente sem alarde umas gotas que eu, concentrada em meu corpo, sinto que algo vai e vem e eu começo malemolente, sacolejando, meu corpo, querendo acompanhar o vento que mansamente sinto passar por mim, em cada pedaço em cada parte um sopro que me arrepia que me faz pensar em nada e eu continuo ao sabor do vento que corre em mim deslizando e eu tremendo me dou conta de um prazer infinito vindo de onde não sei estou em transe como se o som entrasse em mim e o vento sopro brisa me faz estremecer mais e mais e u mexo meu corpo pedaço por pedaço e então compreendo que chego ao fim suavemente repouso e abro os olhos voltei a mim... (08/03/2015) Raimunda Lucinda Martins Foto de Palavras e pensamentos de uma peregrina.
Vergo-me debruço-me sobre mim mesma procuro revolvo lá dentro atiço-me provo-me provoco-me aqueço-me derrubo meus muros minhas amarras quebro os grilhões as algemas que ficam prendendo minhas pobres mãos decido desenterrar meus pés fincados no chão chão de mim mesma incrustado na minha alma como se fosse uma tatuagem feita desde quando nasci eu sei que posso levantar mas o temor me provoca e me dá uma dimensão pequena de mim mesma quero desafogar-me correr sair a procura do horizonte que pressinto haver meus olhos só veem o chão chão que não é ladrilho é plenamente feito dos meus sonhos quebrados estou vergada dobrada sobre mim e meu sol é escuro não há também nem lua nem estrelas só vejo uma pequena luz que vem de algo que está em mim em minha alma é o mundo que vejo como reflexo de mim que quer sair que quer correr correr para o inevitável a morte do meu ser vergado sobre mim tenho que sair dessa posição minha alma tem que ser como uma planta fazer do chão de mim mesma e sair... tenho que renascer o renascer da minha alma e agora tenho que levantar o corpo para que dentro de instantes eu possa dizer que sobrevivi saí do estado de introspecção e entrei no estado de total extrospecção não estou vergada sobre mim estou quase em pé, estou a me levantar e vejo a plena luz que vem do mundo fora de mim... Minha alma se engrandece e se deixa ir para o alto em direção ao ceu azul Saí de mim sou livre para ir correr e partir para novos horizontes que avisto daqui... Passei por um novo parto...renasci... (07/03/2015) Raimunda Lucinda Martins
Reservo aquilo uma nota de 20 valores, mas as muitas palavras baralham quem lê, e como Hermingway dizia" escrever é como um telegramas" muita mensagem em poucas palavras
hERMIMGWAY FOI OPAI DO JORNALISMO DE GUERRA E CRIOU UMA GRAMÁTICA DE REDACÇÃO ONDE AS IMAGEMNS ERAM MAISIMPORTANTES QUE A QUANTIDADE DE PALAVRAS. ERAM TELRGRAFAS AS REPORTAGENS, POR ISSO A DIFICULDADE...O QUE NÃO O INIBIU DE SER UM DOS MAIORES ESCRITORES DA LITERATURA NORTE AMERICANA
Lindo e triste! Em contrate ao belo sorriso da musa.
ResponderEliminar#lucindanelremar
ResponderEliminarDOCE FRÊMITO
eu
deitada
na relva
de um jardim
me encontro
sentindo
de repente
o meu corpo
dividido em
pedaços,
e em cada
parte
totalmente
infinitamente
deslizando
pacificamente
sem alarde
umas gotas
que eu,
concentrada
em meu corpo,
sinto que algo
vai e
vem
e eu começo
malemolente,
sacolejando,
meu corpo,
querendo
acompanhar
o vento que
mansamente
sinto passar
por mim,
em cada
pedaço
em cada
parte
um sopro
que me arrepia
que me faz
pensar
em nada
e eu continuo
ao sabor do
vento
que corre
em mim
deslizando
e eu
tremendo
me dou
conta
de um prazer
infinito
vindo
de onde
não sei
estou em
transe
como se
o som
entrasse em
mim
e o vento
sopro
brisa
me faz estremecer
mais e mais
e u mexo meu
corpo
pedaço
por
pedaço
e então
compreendo
que chego
ao fim
suavemente
repouso
e abro os
olhos
voltei
a mim...
(08/03/2015)
Raimunda Lucinda Martins
Foto de Palavras e pensamentos de uma peregrina.
AMEI ESTE POEMA CAIDO DO PEITO DE UMA PEREGRINA , PELO SEU CONTEUDO, RECHEADO DE HUMANISMO SENSIBILIDADE E DESEJO
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ResponderEliminar#lucindanelremar
Vergo-me
debruço-me
sobre mim mesma
procuro
revolvo
lá dentro
atiço-me
provo-me
provoco-me
aqueço-me
derrubo
meus muros
minhas amarras
quebro os grilhões
as algemas que ficam
prendendo minhas
pobres mãos
decido
desenterrar
meus pés fincados
no chão
chão de mim mesma
incrustado na minha
alma
como se fosse
uma tatuagem feita
desde quando nasci
eu sei que posso
levantar
mas o temor me provoca
e me dá uma dimensão
pequena de mim mesma
quero desafogar-me
correr
sair a procura do horizonte
que pressinto haver
meus olhos só veem o
chão
chão que não é ladrilho
é plenamente feito
dos meus sonhos
quebrados
estou vergada
dobrada sobre mim
e meu sol
é escuro
não há também nem lua
nem estrelas
só vejo uma pequena
luz que vem de algo
que está em mim
em minha alma
é o mundo que vejo
como reflexo de mim
que quer sair
que quer correr
correr para o inevitável
a morte do meu ser
vergado sobre mim
tenho que sair dessa posição
minha alma tem que ser como
uma planta
fazer do chão de mim mesma
e sair...
tenho que renascer
o renascer da minha alma
e agora tenho que levantar
o corpo
para que dentro de instantes
eu possa dizer que sobrevivi
saí do estado de introspecção
e entrei no estado de total
extrospecção
não estou vergada sobre mim
estou quase em pé,
estou a me levantar
e vejo a plena luz
que vem do mundo
fora de mim...
Minha alma se engrandece
e se deixa ir para o alto
em direção ao ceu azul
Saí de mim
sou livre para ir
correr
e partir
para novos horizontes
que avisto daqui...
Passei por um novo
parto...renasci...
(07/03/2015)
Raimunda Lucinda Martins
Reservo aquilo uma nota de 20 valores, mas as muitas palavras baralham quem lê, e como Hermingway dizia" escrever é como um telegramas" muita mensagem em poucas palavras
EliminarhERMIMGWAY FOI OPAI DO JORNALISMO DE GUERRA E CRIOU UMA GRAMÁTICA DE REDACÇÃO ONDE AS IMAGEMNS ERAM MAISIMPORTANTES QUE A QUANTIDADE DE PALAVRAS. ERAM TELRGRAFAS AS REPORTAGENS, POR ISSO A DIFICULDADE...O QUE NÃO O INIBIU DE SER UM DOS MAIORES ESCRITORES DA LITERATURA NORTE AMERICANA
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