Tempera minha boca
Tempera minha boca com beijos.
Empata-me com abraços
neste cacimbo
que deixam
minha pele seca.
Cobre-me com as suas mãos macias,
Cobre minha
pele negra com o seu corpo
quente juvenil
Cobre-me, cobre-me contigo…
Vou punir as
palavras
vamos divagar neste mato verde
onde somos nós
os intrusos.
Nesta noite
isolada
as estrelas
já fizeram seus turnos
Só ficámos nós
e esta lua moribunda
Tenho vertigem
de amor
que se vão cedo
meus medos
que tinham estrias.
A lua fez-nos promessas demais.
Tempera minha boca com beijos.
Leva-me para
dentro de ti
onde fazemos parte da mesma espécie.
Onde somos nós os
fundadores do nosso paraíso. . .
( Ângela Maria Correa-Luanda-2015)
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