C
Crm
Senti-te
tão frágil
Insegura
Como
gazela perdida no mato
Pensei levar-te ao meu mundo de fantasia
Mas
também sou homem
Retrai-me escondendo
o
pensamento na capa do receio de magoar
Tive
medo
Sou estupidamente banal
Ridículo engolindo palavras belas
nascidas
num cérebro inquieto visionista
Cobardemente
neguei-me
Aceitar a tua ânsia cansaço
ausência do Amor
Ainda
te mostrei palavras nuas inseguras
Para
nelas apoiar as tuas franzinas nervosas
Entre
sorrisos forçados
estranhamente sós
saquei
poemas teus de textos sabendo a sal
Talvez não haja
poesia
Talvez
ontem não houvesse poema
Talvez,
sabes, talvez
Tudo fosse esconder menos a ternura
Do
desejo de pegar teu queixo suavemente
E beijar teus lábios
inquietos
como embalando uma criança para adormecer
(CARLOS
SEMEDO-LISBOA-2016)
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