domingo, 29 de maio de 2016

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SEM SABER
A tua carne integrou-se na minha
Expandiu-se
Mostrando a paixão que sentia
Sobre o leito debaixo de mim
Teu corpo nu
Livremente
Se entregou
Liberto dos grilhões
Da sociedade decadente
Que sujam as bocas
Com medo da solidão
No meio deste baile sexual
Entre sim e não
Explodimos orgasmos
Sem fim
Liquefeitos nas mãos corpo e dedos
Como balões coloridos
Voamos num céu infinito de prazer
Entrelaçamos os dedos ardentemente
Colámos lábios
Sorrimos 
E no fim já fora do lençol húmido
Numa voz única murmurámos
-Fecundámos a Liberdade

CARLOS SEMEDO- MAFRA-1961

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